sábado, 1 de agosto de 2009

CAIO MATANDO


sem querer não será nada
nem querendo
será querido
amigo de todos
sem amigos
não mede os riscos
esquece os pactos velados
esbarra no salto
tropeça na saia
finge de louco
parece homem mas falha
menino rico
palavra não se joga fora
tem valor, são preciosas
mas quando fala
cheio de pecados
comete o mesmo erro
distração, ciúmes, desespero
leva na garganta
perde se achando
brincando de cínico
de carro blindado
desdenhando o alheio
cai a máscara
revelando
um comparsa
perdendo o parceiro

Douglas Campigotto