sábado, 13 de março de 2010

JUNTANDO PEDAÇOS


quero sair sem nada pra oferecer
quero esnobar o sofrer
deixa eu me drogar
cair de cabeça
quebrar a banca
rachar a testa
deixar a franja
vamos transformar nosso nada
vamos arrepiar
não deixar de fazer
nem de graça
achar que não se enquadra
as vezes a gente tem que discordar
daquilo que os olhos enxergam
as palavras perdem o tato
o toque perde a noção
sentimento sem olfato
a dor fica sem direção
prendo a respiração
mesmo assim
erro para acertar
sentir saudade sem medo
é ter saudades sem fim
se a vida for nesse caminho é melhor não ir
mas...
vou mesmo assim!!

Douglas Campigotto