quarta-feira, 20 de abril de 2011

A PALAVRA É...


diga que és minha

que eu sou teu
e somos dois
diga que me quer
e quer agora

não depois

diga que me ama
e eu te digo o que farei
direi pra todo mundo
tudo aquilo que te falei
direi que somos dois
e como dois podem ser um
direi que eu te amo
que eu te quero
e te preciso
mas de nada adiantará
tudo isso
se você não me disser...

Douglas Campigotto

sábado, 16 de abril de 2011

LUTO... POR VOCÊ


Sua presença sem seu toque
Seu cheiro que alucina
Para ela eu era apenas um corpo
Um corpo morto, sem tato
Sentado ao seu lado enquanto passava
Como exala, de vestido preto arrumando as malas
Não sei se calo ou se falo
Não sei
Acho melhor ouvir calado
Queria pegar um atalho
Mas tenho medo de não encontrá-la logo a frente
Sou carente, não minto
Um amante inconsequente
Não minto
Adoro seus mimos, juntos somos invencíveis
Sexo, beijinhos e sorrisos
Ela, menina mulher
Eu, homem menino
Viciados em amor e vinho
Adulando erros
Comprando vacilos
Sodoma na gangorra
Pequei , fiquei viciado em você
Eu fico doido, perguntando
O que a vida vai fazer de mim
Sem você
Sou piu-piu sem frajola
Palhaço sem nariz
Mágico sem cartola
Sem você…

Douglas Campigotto

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A RIMA É FÁCIL, A VIDA NEM SEMPRE.


era mais um dia de praia
garotos de sunga, mulheres sem saia
sol forte, ondas grandes, areia quente
posto 12, leblon, muita gente

areia assoviando
passaros caminhando
contraventores ao vento
um casal procura o rebento

o ambulante gritava, olha o mate
enquanto os pais procuravam por toda parte
um flanelinha do outro lado da rua
apontou algo colorido na agua turva

tudo parou naquele momento
a mãe transfigurada em sofrimento
o pai sem acreditar
atirou-se na agua para o filho salvar

o salva vidas mergulhou logo atrás
o homem havia bebido de mais
na terceira braçada afundou
só, o salva vidas voltou

será destino ou falta de sorte
a correnteza estava forte
a mulher ajoelhada
secando as lágrimas na canga molhada

tragédia no semblante
nem desconfiava porque sofria
por ela, pelo filho, pelo amante
ou pelo marido, que nada sabia

Douglas Campigotto

quarta-feira, 6 de abril de 2011

MULHERES


as mulheres são frágeis, até o momento em que decidem não ser mais.

Douglas Campigotto

domingo, 3 de abril de 2011

FUJA NÃO MEU BEM


a ironia em fugir de tudo está, em quando você encontrar um lugar, ele parecerá seu lar, mesmo na rua, na chuva, sozinho, o seu nada, será seu tudo, e isso irá tornar-se tão confortante que você se sentirá em casa.

Douglas Campigotto