segunda-feira, 23 de novembro de 2009

QUE DIA...


ainda era cedo quando decidimos
fomos ao mercado passear
pesamos nosso passado
os valores tinham mudado
o sorriso ficou de cantopagamos à vista, sem trocados
sem trocadilhosentendemos sem mal entendido
ação e reação, amor e ereção
grama, kilo, praia, filho
empacotamos tudo
temperos atemporais, novas cores

orgasmos múltiplos e paixão
juntos, vasculhamos o armário
acabamos com o diário
interrogamos nosso criado mudo
na gaveta encontramos outras dores
vivos em carne crua
discutimos como profissionais
noite nua adentro
plantamos em silêncio
enraizados
vimos a vida nascer de olhos fechados
que descoberta, que impacto
o impossível existe!
para as coisas impossíveis!!


Douglas Campigotto!!!