terça-feira, 16 de outubro de 2012

LIÇÃO DE VIDA


lição número um, aprenda a receber elogios.
lição número dois, aprenda a não acreditar neles.



Douglas Campigotto

PRÉ ESCOLA

Meu irmão é artista gráfico, daqueles de mão cheia, já realizou diversas campanhas publicitárias, como Devassa, em fim... seu filho, meu afilhado, puxou a vertente artística da família, vive pintando e rabiscando, seu caderno é uma alegria, cheio de cores, ele realmente é uma criança feliz e muito empenhada nos seus rabiscos, seus pais, e eu sempre que presente, induzimos ele a criar, a mergulhar 
no lúdico... um dia na escola, que se chama, Algodão Doce Colorido, em São Paulo/SP, onde estuda com sua irmã de 2anos, ele abriu o caderno para mostrar a lição de casa, a professora, bruscamente, tirou o caderno de sua mão, o olhou nos olhos e num tom agressivo, disse que o caderno do menino estava horrível, que dava vontade de jogar no lixo.
Jogar no lixo?!?!?
Gostaria de entender que didática é essa, de onde vem essa pedagogia???? É esse o procedimento, o tratamento que uma criança de 5anos merece ter do seu educador, tenho certeza que não.
Acredito tratar-se de uma pessoa desequilibrada, que não deveria exercer a função que exerce.
Dê ouvidos a fala de uma criança e nunca o proíba de ser, criança.





DOUGLAS CAMPIGOTTO

BEM DE PERTINHO


de perto... eu, sou eu.

Douglas Campigotto

PROIBIÇÕES


...não me sinto, não me acho, mal me encontro, as vezes, nem sei dizer quem sou, quanto mais, pra onde quero ir, onde quero chegar, são perguntas de mais, demais isso tudo, quero mais, quero menos, como saber o gosto sem provar, coisa louca, proibições, são, nem sempre, ruins, mas são, proibições, e, sobre isso, não me sinto...

Douglas Campigotto

ASTROLOGIA


Inferno astral, uns morrem, outros vivem, e outros, inferno.

Douglas Campigotto

POSSO TUDO


Teve uma época, que eu quase acreditei ser um indesejável, um maluco, imprestável... hoje, eu simplismente acredito...

Douglas Campigotto

PALOMA


...eu já tive uma mulher, uma de verdade, já tive, ela foi, acho que eu fui, não lembro ao certo, fomos, nos deixamos ir, a única que me amou do jeitinho que eu sou, as vezes nos falamos ao telefone, bate uma saudade, uma vontade de voltar e nos deixar para ser do outro, mas não dura muito, a vontade, logo passa, por lugares que passamos juntos, e juntos vendo, relendo, relembrando nossos detalhes, vem à tona apenas os desastres, como fomos chegar até aqui, brigamos de tanto amar e nos amamos até onde deu, porque já não dá, as falas são atropeladas por sentimentos guardados, e já não há mais o que faça a gente se deixar da gente mesmo, te amo, te amei já nem sei pombinha, espero que teu vôo te leve para um lugar, onde um dia eu consegui te levar... 

Douglas Campigotto