quarta-feira, 24 de março de 2010

PASSAGEM DE VINDA


Respeitar a tristeza
Parar para sofrer
Luxo no lixo
Lixado, esfolado vivo
Um ente querido
Pedindo passagem
Olhos bem abertos, gulosos
Pela vida selvagem
Peca
Cheio de discórdia, amor e glória
Escurece lá fora e a gente aqui
Tentando rir enquanto chora
O equilibrio de outrora
Querendo ficar, tendo que partir
Destemido, desgarrado
Dono do mundo
Agora fraco
Pecados pagos
Dependendo dos frascos
Exames aumentam a conta
Não dão desconto
Mas trazem de volta
Faz lembrar de cada canto
De tantos e tantos
À tona
É momento de saber
Chegou a hora
Hora de levantar a cabeça
Abusar da sorte
Pensar na vida
E não no morrer.

Douglas Campigotto

sábado, 20 de março de 2010

sábado, 13 de março de 2010

JUNTANDO PEDAÇOS


quero sair sem nada pra oferecer
quero esnobar o sofrer
deixa eu me drogar
cair de cabeça
quebrar a banca
rachar a testa
deixar a franja
vamos transformar nosso nada
vamos arrepiar
não deixar de fazer
nem de graça
achar que não se enquadra
as vezes a gente tem que discordar
daquilo que os olhos enxergam
as palavras perdem o tato
o toque perde a noção
sentimento sem olfato
a dor fica sem direção
prendo a respiração
mesmo assim
erro para acertar
sentir saudade sem medo
é ter saudades sem fim
se a vida for nesse caminho é melhor não ir
mas...
vou mesmo assim!!

Douglas Campigotto

quinta-feira, 4 de março de 2010

Que Saudade


Saudades da minha infância
Da minha ânsia que não tinha fim
Da minha ignorância em não te fazer feliz
Ai que saudade
Da minha herança, do papel passado
Dos antepassados
E do meu colibri
Ai que saudade de casa
Do aconchego e dos tropeços

Ai que saudade de nós
Ai que saudade de mim

Sem harmonia não há paz
E sem alegria
Como é que faz
A tristeza vai passar
Vou por a alegria no seu lugar
Quero ela pra sempre
Quero ela aqui
Bem pertinho
Pra me lembrar de ser feliz

Ai que saudade de nós
Ai que saudade de mim

Douglas Campigotto

quarta-feira, 3 de março de 2010

DISTANTE



Vou te esperar para sempre
Assim não teremos brigas
Sentiremos saudade sim
Mas te amo melhor longe de ti
Um dia volto ao nosso encontro
Se o tempo esticar vem me visitar
Devo passar pelo inferno
Chegando la te digo ao certo
Quando vier traga roupas quentes
Mas não apareça sem avisar
Lá certamente estará frio...

Douglas Campigotto