sábado, 3 de outubro de 2009

CORAÇÃO


Sempre te dei meu melhor e você acostumou, até eu, faz tempo que estou, que sou...
Foi estranho parar de ser aquele que simplismente era, agora penso no que falo, tento corrigir os "S's", me aprimorar pra ser quem eu quero e, é tão difícil. Ainda mais embalado por balas, cidade perigosa e cidadões asqueirozos, azedei! O que sai de mim já não são bons fluídos, é lixo, arranco pra não brotar, jogo fora, sempre que possível queimo um fuzível, solto a linha, saio do nível, nivelado por baixo, me acho, rebaixado ao quadrado, bem amado.
A força vem de onde não se espera, pontos azuis em forma de esfera, com dentes cerrados nunca me erra, me espera, confia, de olho fechado, se espelha, nunca duvida, mas a dúvida perambula, não abandona, te julga, faz sentir-se aquém de qualquer quem, sem brisa, no olho do furacão, pensa que já não tem, talvez não tenha ou queira ter mais, mas nada te satisfaz, as melhores pessoas te cercam seu amor sincero, seus amigos, seus torcedores, seus elos, vontade de gritar para todo o mundo ouvir.
Ando fraco, me perdi num atalho qualquer, quero voltar pro caminho, quero de novo ser aquele sem erro, simples assim, sem "S's", sem concordância, concordando em viver feliz, com meu amor, um filho que sempre quis!
Não dá pra resolver no berro, ficar sem falar talvez ajude, as vezes fere o ego, nunca fingir de cego pode resolver, manter o plano num traço reto, largo, amargo, sem féu, com fé, amando, torcendo para ainda ser amado.

Douglas Campigotto