...desculpa se te magoei, me desculpa quando discordei querendo concordar quando gritei querendo beijar e quando perdi a cabeça, só queria te dar um abraço apertado de rosto colado, e que ficassemos ali, sem tempo para pensar no que tinha acontecido, sem tempo para observar o que não tínhamos, poderíamos enxergar novas coisas, trocar novos olhares, voltar a namorar, ser tudo como era, mudei bastante, pintei aquela estante, recordava tantos instantes, restos de sonhos, fragmentos medonhos, magoado provei que podia ser do jeito que sonhei, viver o sonho é possível, mas já cansei, cansei da distância, cansei da mudança, quero voltar a ser teu, talvez você não me reconheça, talvez nem esteja mais, estou tão diferente, deixei de ser aquele eu, mas na minha cabeça é como se nunca tivesse ido, nem você partido partindo meu coração, trocando o sim pelo não, me ameaçando como eu costumava fazer, sendo grosseira, da mesma forma que eu era, melhorei por você, não que estivesse doente, mas sei que isso te deixava crente que nossa relação não tinha como dar certo, sem precedentes foi fácil, vários pretendentes, muitos presentes e eu claro, fiquei com a pedra no sapato, muro sem gato, arroz sem prato, cachorro sem mato, homem sem perdão, se disser que te quero ver feliz estarei falando a verdade, se for ao meu lado, só assim reencontraria a felicidade, mas fica calma ao fim desta carta não me suicidarei, nem vou atrás de você para recupera-la, apenas queria que você soubesse, o quão feliz me fizesse e o quão mal ainda me faz, sem você talvez não chegasse, mas com você desisti de tentar, só o que posso lhe oferecer é a minha saudade de te odiar por quase nada...
Douglas Campigotto
Um comentário:
De todos os textos seus que já li, este é um dos que mais gosto... Parabéns querido! A maturidade está lhe fazendo bem!!! Te amo!!!
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