no reboco e rebocador
bate sem perdão
no sofá bem sentado
o sol que arde a tarde
as paredes do barracão
na sombra deita o pasto
deita a vitrola fazendo som
deitada sobre a mesa
de quatro
passa o boi
passa o carro
voa o avião
a parede marca o tempo
pendurada nos instantes
a sombra cobre o dia
é como brisa que passa
na dor do ventilador
na sombra da rede
que balança pro lado de lá
na gente que fica junto
com medo da sombra
com medo de se queimar
os livros de cabeceira
hoje dormem no chão
deitados sobre o tapete
que não aprendeu a andar
mas não sabe o que é solidão
Douglas Campigotto
Um comentário:
:) :) showzaço.. adorei
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