domingo, 3 de setembro de 2017

PARECE QUE É AMOR

-->
Lá vem a baixinha branquela

Olhando de baixo pra cima

Nunca pra medir

No seu radar não passa nada

Me avança de quatro

Me encara

Pra depois me beijar

Francesa singela

Me lambe dos pés a cabeça

No tapete rolamos

Andamos lado a lado ao pé do ouvido

Bunda empinada peito forte olhar que engole

Suas dentadas são de quem morde para não machucar

Me arranca a roupa no sofá

Somos intensos

Ela sempre me ganha

Orgulhosa me vira as costas

Deitados no chão

Me ignora

Ficamos distantes para reencontrar

Ela sabe como fazer

Se enrosca nos meus cabelos

Nua em pele

Me arranca a roupa na cama

A gente brinca nosso segredo

Quando pede eu não resisto

Logo cedo eu cedo

Seja na rua sala quarto banheiro

No banho me observa como quem vai entrar

Me espera ao lado da toalha

Em cima do tapete

Escapando do gelado

Banho quente

No vapor presente

Não a vejo mas sei que está lá

Companheira Salomé

Cadela safada

De vulgo nome “Sassá”



DOUGLAS CAMPIGOTTO

Nenhum comentário: